quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Um zumbido para meu silêncio.

Aqui estou. Parada, esperando que meu corpo respire.
Então eu repito comigo, respire, respire.
O caso é que fumo e fica difícil fazer assim, então eu permaneço
"saber ficar é tão importante quanto saber ir" me falei.
meus pulmões choram a falta de ar, meu olhos a fumaça,
minha boca ao sorriso permanente e as mãos aos brindes das festas de fim de ano.
E essa musica que não sei da onde é!
Não pode ser interna,não pode, eu mesma verifiquei estômago amarrado,
útero estragado, não tenho chance de produzir música.

um ruptura para um tentativa de abraço...
me inclino, primeiro um braço, depois o outro. Nada.


não tenho chance de produzir música.
tal vez se virar instrumento, talvez se alguém me toca-se
poderia emitir algum som, poderia deixar de escrever com mãos e palavras fracas.


[Clara anastácia.]