arrancou suas asas
não transou, nem beijou sua menina
está trancado na sua caverna de dores
e chora a partida do seu besouro.
Ele é um suicida
é uma caixa lacrada "frágil"
o tempo corre, corre e ele quer ficar.
E agarra com todos seus braços as palavras belas
acredita na beleza, coitado.
Ele é um suicida
leu sobre socialismo, astrologia, Bourdieu, Beckett, Benjamin e no fim rezou.
gosta de jogar palavras fora,
cospe tristeza, e compra lagrimas
não sabe chorar, não sabe chorar.
Ele é um suicida
e vive
e ele vive meu deus, ele quer está de pé.
Mesmo com os pés pequenos e os joelhos gastados
tenta um sorriso... Inútil, todos os dentes estragados.
[clara anastacia]