segunda-feira, 21 de junho de 2010

Conto de fadas -ou- Lembranças da dor.

Antes, era como um momento leve, suspenso no ar. Muito leve e suave. Era um quase transbordamento. Era uma brisa leve no rosto, um carinho na cabeça, dedos alisando os cabelos. Antes era um quentinho bom, um cheiro de pele macia. Era um sorriso espontâneo. Era uma vontade realizada e outra vontade e outra realização. Era assim, só que bem mais.
Depois, virou um tapa, um soco no estomago.
Amor platônico tem dessas coisas... Só que esse é pior! Ele me beijava, me tocava só não me amava. E eu ali seca de amor
Gritava, me denunciava em gestos, olhares, palavras... Ele. Parado, ria da minha cara e pensava: “querida é só uma transa, mais NADA.” Eu sei, eu, sei.
Eu era a quebra da rotina. Quando cansava de tudo, me chamava. (confusa de sentimentos) E eu ai, claro que ia, eu apaixonada não ai? Ia...
Mais depois, depois... (pausa) Era como um frio da madrugada, que corta a pele. Um deserto, um cheiro forte de mofo. Um quarto vazio. Uma casa suja.
Hoje eu entendo que amor comigo não rima! É poema vazio, antônimo é revés. (risos)
Meu Deus, que patética –eu- chorando um amorzinho, de vinte anos atrás, um amorzinho que nada me deu...
Nem poema, musica, risos, nada. (pausa) Apenas adeus. Não olho no olho, nem cartas, nem acenou. Apenas adeus.
Adeus com despedida é para quem ama, quem vai sentir saudade. Seu adeus foi de quem já tinha esquecido.
Foi uma sensação de choro abafado, alma engasgada, me acabei em lagrimas, um grito que não saia me deixou acordada a noite toda. Dorzinha do coração danada... Nunca mais senti outra igual.
Entre a dor e o nada o que você escolhe? Bem tenho o necessário! O resto é um par de olheiras, uma caixa de antidepressivo, dois comprimidos de calmante. (pausa)
Pra esquecer. (pausa) Já esqueci! Tanto tempo também... tinha o que? 18, 19, 17 anos? Tanto tempo nem me lembro!
Quem começou com esse assunto?
Você?
(espantada)Eu?
Que estranho, tanto tempo que... Falar logo agora desse assunto... Amor.

[Clara Anastácia e Th. Ortiz]

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O essencial é invisível aos olhos?

O que nós vemos é realmente o que nos mostram?



Eu, um anjo torto sem nada a acrescentar ao mundo
me pergunto todos os dias, quanto é o amor necessário
para salvar esse planeta? Quantos jesus ainda vão vir a
terra, para dizer o que é certo e errado?
Me dizem sempre, vamos a luta! que luta? A luta de quem?
estamos tão errados quanto aqueles que estão no desejado
"poder"! pobre dos pobres, que quando são comprados por
uma cesta básica, ou sapatos são culpados.
EXTRA, EXTRA, MENINO DE 12 ANOS ROUBA, MATA, ESTUPRA, MENTE!
EXTRA, EXTRA, MENINA DE 16 ANOS SE PROSTITUI, TEM FILHOS COM BANDIDO!
EXTRA, EXTRA, BANDIDO DA ZONA NORTE É MORTO!
alguma novidade?
Onde fomos parar? Como fomos parar ai? Me recuso a culpar esses
indivíduos, me recuso a tirar a minha culpa...
EXTRA, EXTRA UNIVERSITÁRIOS ESTÃO DENTRO DAS UNIVERSIDADES!
EXTRA, EXTRA PETROBRÁS ABRE CONCURSO PARA RECÉM FORMADOS!
EXTRA, EXTRA TODOS ESTÃO CALADOS FAZENDO PROVA!
alguma novidade?
Queria descobrir e rápido qual é o meu dever enquanto universitária.
Não quero morrer dentro de uma sala de aula,apenas ouvindo todos esse caras
que viram o mundo, comentaram e fomentaram a sociedade.
Se os livros servem apenas para serem lidos então que rasguem todos!

[clara anastácia]