domingo, 31 de julho de 2011

Sobre as coisas erradas.

Ele é um suicida
arrancou suas asas
não transou, nem beijou sua menina
está trancado na sua caverna de dores
e chora a partida do seu besouro.

Ele é um suicida
é uma caixa lacrada "frágil"
o tempo corre, corre e ele quer ficar.
E agarra com todos seus braços as palavras belas
acredita na beleza, coitado.

Ele é um suicida
leu sobre socialismo, astrologia, Bourdieu, Beckett, Benjamin e no fim rezou.
gosta de jogar palavras fora,
cospe tristeza, e compra lagrimas
não sabe chorar, não sabe chorar.

Ele é um suicida
e vive
e ele vive meu deus, ele quer está de pé.
Mesmo com os pés pequenos e os joelhos gastados
tenta um sorriso... Inútil, todos os dentes estragados.

[clara anastacia]


Um comentário:

Anônimo disse...

"Quase todos os governos antigos autorizavam o suicídio pela política e pela religião. Os atenienses expunham no Areópago as razões pelas quais se matavam e depois se apunhalavam. Todas as repúblicas da Grécia toleraram o suicídio; ele constava do plano dos legisladores; as pessoas matavam-se em público, fazendo da morte um espetáculo pomposo. A República romana encorajava o suicídio; e seus célebres devotamentos à pátria não passavam de suicídios. Quando Roma foi tomada pelos gauleses, os senadores mais ilustres consagraram-se à morte."