terça-feira, 20 de novembro de 2012

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Hoje eu escutei "ela está internada, surtou" de alguma forma eu me vi ali
sendo ela, senti inveja, "ela disse que está apaixonada, mas não sabemos se a pessoa existe" eu me senti ela.
Brinquei de pique e pega com meus sonhos alguns eu peguei outros eu criei, eu me fiz carinho mesmo quando era porrada.

Algumas coisas não podem sair impunes da nossa vida.

Não sei por que estou pensando nas pessoas que morreram, não sei por que ainda não dormi, agora pouco eu dancei, dancei deixei algumas coisas correrem de mim, sabe como é... pra pesar menos. Tenho pensado tanto nos meus pés, por onde eles andam pisando... outro dia percebi que meu pé direito tropeçou duas vezes, e é sempre ele! Percebi que meu namorado aponta com o dedo indicador direito quando está com as mãos estacionadas, e que pisca de uma forma rápida  lentamente os olhos, e que tem um olhar muito doce. Eu vejo um monte de cores nele.

Eu quero morrer muitas vezes ainda.

Eu ainda não dormi porque quero sonhar com a minha mãe, mas estou com medo de não sonhar e acordar e perceber que isso não aconteceu. Eu tenho medo de descobrir que ela morreu mesmo. Eu tenho medo de está sozinha. Estou com medo de perder a chave da porta, quero muito fazer uma peça sobre isso tudo que mata a gente, sobre essa coisa bonita que nos mata.  As vezes eu quero apertar a mão da minha mãe ai eu mordo meus lábios.


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